terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Crítica de filme: Madagascar: Escape 2 Africa (Madagascar 2 - A Grande Escapada)


Madagascar 2, que de Madagascar só tem os primeiros 5 ou 6 minutos, é muito divertido, quase tão divertido quanto o original. Voltam todos os personagens do primeiro filme: Alex (o leão), Marty (a zebra), Gloria (o hipopótamo) e Melman (a Girafa). No entanto, voltam, principalmente, Julien, o rei doidão dos macacos e os 4 impagáveis pingüins. Para dar o tom, o filme já abre com os personagens cantando "I like to move it, move it" (ou, "Eu me remexo muito", em português) em uníssono.

O filme tem um fiapo de estória: ao tentar voltar para NY, os nosso amigos selvagens vão parar na África e Alex reencontra de cara seus pais, Melman vira o curandeiro de seu povo, Marty descobre que não é único e especial como achava e Gloria procura o amor. Enquanto isso, os pingüins partem em missão para roubar carros de safári para remontar o avião quebrado e o Rei Julien acha que é o rei da selva.

A estória é só desculpa para boas piadas mas os roteiristas poderiam ter arrumado antagonistas mais interessantes. Há o clássico "leão malvado" que tem inveja do pai de Alex e, inusitadamente, colocam os turistas - liderados pela velhinha que espanca Alex na Grand Central Station no primeiro filme - como vilões. Não faz muito sentido mas, afinal, trata-se de um filme para crianças e sentido não é essencial.

O bacana é ver o Rei Julien falando as sandices dele e os pingüins tendo que lidar com a greve dos macacos, além do caso de Gloria com Moto Moto, um hilário hipopótamo "gostosão". Outro lance bacana é Marty quebrando a cara quando encontra centenas de outras zebras EXATAMENTE iguais a ele, da cabeça aos pés, inclusive a voz e com as mesmas habilidades. Melman, também, com sua hipocondria em hyperdrive, acha que vai morrer em 48 horas e se presta à um sacrifício.

No final de tudo, é o personagem Alex que se torna o mais insosso de todos, tendo que lidar com um draminha familiar na linha de The Lion King para pobres... Mas tudo fica perdoado quando lembramos que esse mesmo grupo de roteiristas criou os pingüins malandros, que são o ponto alto desse e do outro filme. 

Embalado por uma trilha sonora recheada de grandes sucessos da década de 80 e com computação gráfica realista fazendo contraste aos animais desenhados de forma cartunesca, o filme cumpre seu dever com louvor.

Nota: 7,5 de 10

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