domingo, 11 de janeiro de 2009

Club du Film - Ano IV - Semana 02: Le Notti di Cabiria (As Noites de Cabíria)



Há três anos, no dia 28 de dezembro de 2005, eu e alguns amigos decidimos assistir, semanalmente, grandes clássicos do cinema mundial. Esse encontro ficou jocosamente conhecido como Club du Film. Como guia, buscamos o livro The Great Movies do famoso crítico de cinema norte-americano Roger Ebert, editado em 2003. Começamos com Raging Bull e acabamos de assistir a todos os filmes listados no livro (uns 117 no total) no dia 18.12.2008. Em 29.12.2008, iniciamos a lista contida no livro The Great Movies II do mesmo autor, editado em 2006. São, novamente, mais 100 filmes. Dessa vez, porém, tentarei fazer um post para cada filme que assistirmos, com meus comentários e notas de cada membro do grupo (com pseudônimos, claro).

Filme: Le Notti di Cabiria

Diretor: Federico Fellini

Ano de lançamento: 1957

Data em que assistimos: 08.01.2009

Crítica: Esse filme é um dos favoritos de meu pai mas nunca tive muita vontade de assistir. A oportunidade real veio agora com o Club du Film e posso afirmar que se trata de um filme carregado nas costas por sua atriz principal, Giulietta Masina, que vive a prostituta Maria "Cabiria" Ceccarelli. O filme conta as desventuras dessa mulher, sofredora, enganada pelos homens, usada pelos homens, pobre mas que tem um joie de vivre inacreditável. 

Com seu sorriso, Cabiria ilumina todas as cenas desse filme que, do contrário, seria puramente uma depressão só. Cabiria vê nas piores situações e nas piores pesssoas o lado bom. Sobrevive à tudo e à todos com sua força de vontade, que pode muito bem ser oriunda de uma inocência fora do comum, apesar de sua profissão.  Giulietta Masina, que era esposa de Fellini, está reluzente nesse papel. Parece que nasceu para ele. 

O filme é tenebroso em termos de estória. Abre com o cafetão de Cabiria não só roubando o dinheiro dela como, também, deixando-a à beira da morte. Pior não poderia ser. Daí em diante, vemos Cabiria com raiva, que logo é esquecida e trocada por sua alegria contagiante. Fellini nos mostra várias noites da prostituta, encontrando amigos, se encontrando com ator famoso, acompanhando amigos à uma procissão religiosa, tudo culminando com o encontro de Cabiria com uma pessoa bondosa e agradável, por quem logo se apaixona. Obviamente, para meio entendedor, fica claro que a estória não acaba bem. O começo é um prelúdio do fim mas a jornada é tocante e merece ser acompanhada.

Notas:

Minha: 8 de 10
Klaatu: 7 de 10
Barada: 6,5 de 10
Nikto: 6 de 10

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