sábado, 28 de fevereiro de 2009

Crítica de cinema (em DVD): Star Wars: The Clone Wars

Resisti ao máximo que pude mas acabei cedendo. Sou fã de Star Wars desde que me conheço como gente, fiquei desapontado com a nova trilogia mas não deu para segurar mais tempo e acabei assistindo The Clone Wars, basicamente os primeiros capítulos de uma série homônima animada, que foram lançados diretamente no cinema como se fossem um filme.

O império de Lucas já havia licenciado seu material para a criação de uma micro série animada com quase o mesmo nome (Star Wars: Clone Wars) por parte do brilhante russo Genndy Tartakovsky, autor de Samurai Jack. Essa micro série se passava imediatamente após o Episódio II, no começo das Clone Wars e era genial (melhor que os Episódios I, II e III juntos).

A nova série continua essa estória mas a animação mudou. Saem o traços originais de Tartakovsky e entra uma animação - na verdade uma desanimação - computadorizada bem normalzinha, quase ruim. O problema não é a estilização dos personagens. Isso é o de menos pois os desenhos de Tartakovsky eram bem estilizados também. O cerne, aqui, é a movimentação do personagens em cenas mais lentas. Eles parecem marionetes duras, sem vida. Bom, na verdade eu sempre disse que se George Lucas filmasse teatro de bonecos de dedo e chamasse de Star Wars, ele também ganharia dinheiro (Ops! Isso já foi feito, vide Thumb Wars de Steve Oderkerk aqui.).

Ultrapassada a questão da animação que, para uma série de televisão, não um filme de cinema, é passável (mas que o nariz do Anakin é para lá de estranho, ah isso é), vamos para a trama. O filho de Jabba the Hutt foi sequestrado e Anakin Skywalker junto com sua Padawan Ahsoka Tano (o pessoal da Lucasfilm é craque em criar nomes horríveis) passam os 98 minutos da animação tentando devolvê-lo ao pai. A trama vai se repetindo: Anakin briga com Ahsoka mas Ahsoka está certa e os dois se metem em uma luta; Obi-Wan vem salvá-los no último minuto; Ahsoka e Anakin se desentendem mas se juntam para brigar contra um inimigo maior; no último minuto o Comandante Rex vem ao resgate e por aí vai. Tudo isso com os dois carregando um deplorável monstrinho bebê na mochila... Enquanto isso, Jabba é mostrado como um completo "múcio", caindo na conversa ora dos Jedi, ora dos Sith, sem nunca formar uma opinião. Definitivamente não é o mesmo personagem que vimos no Episódio VI (sim, pois aquela cena triste de um Jabba de CGI no alterado Episode IV não conta).

Enfim, desenhos fracos para uma estória fraca mas que, lá no fundo, bem lá no fundo mesmo, pode ter um potencial para uma série de TV razoavelzinha.

Nota: 3 de 10

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."