terça-feira, 18 de agosto de 2009

Crítica de quadrinhos: 100 Bullets v. 1 - First Shot, Last Call


O que você faria se lhe dessem a oportunidade de se vingar daquelas pessoas que o prejudicaram de alguma forma? E se lhe dessem a prova absoluta dos culpados, uma arma com 100 balas que não podem ser ligadas à você e garantia absoluta de impunidade?

Essas são as perguntas que 100 Bullets faz.

Escrita por Brian Azzarello, as HQs 100 Bullets chegaram há pouco em seu último número, o 100 e somente depois desse lançamento é que comecei a ler. Comprei o volume 1, que coleciona 100 Bullets de 1 a 5 e mais uma mini-estória publicada em Vertigo: Winter's Edge 3.

Basicamente, esse volume conta dois arcos de estória, ligados pela idéia central da estória, que é o tal dos "presentes" que os protagonistas ganham. O primeiro arco nos apresenta quase que de imediato ao Agente Graves que se aproxima de uma jovem que acabou de sair da prisão com uma valise com as tais provas, uma arma e 100 balas. Provas de quê, vocês perguntarão. Provas indubitáveis sobre quem matou o marido e o filho da jovem. Sobra, então, o dilema moral entre escolher o caminho da vingança ou esquecer o passado. Essa estória, por incrível que pareça, é lenta demais para chamar a atenção do leitor. Tudo acontece muito devagar e só esquenta mesmo no final, que é excelente.

A segunda estória, porém, é toda excelente, com o Agente Graves entregando a valise para um barman que teve sua vida destruída quando o FBI apreendeu em seu computador fotos de pedofilia. A construção da estória e sua conclusão são geniais, de te deixar desesperado pelo cara.

Bom, considerando que li 5 números de 100, tenho, agora, que correr atrás do prejuízo e ver se Azzarello não vai deixar cair a bola, como costuma acontecer com séries tão longas como essa. Há, por certo, um enorme potencial para estórias geniais. Na verdade, 100 Bullets é uma série de televisão esperando para ser colocada no ar.

Para quem gosta de quadrinhos policiais realistas e bem feitos, 100 Bullets é tiro certo.

Nota: 8 de 10

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Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."