quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Crítica de quadrinhos: Copacabana


Lobo (roteirista) e Odyr (desenhista) fizeram uma "novela gráfica" que é a cara de Copacabana. Mostra toda a malandragem e charme do bairro, sem deixar de fora seu lado sujo. Aliás, o lado sujo é o que toca a trama dessa estória que, na verdade, é uma ode de amor ao bairro.

Diana é a típica brasileira em forma e em coração. Mas em Copacabana, essa brasileira é uma prostituta que esconde essa condição da mãe. Diana, claro, faz de tudo (no sentido figurado e literal) para mandar dinheiro para a mãezinha que acha que ela é uma enfermeira. É ótima uma das sequências mas para o começo, mostrando Diana efetivamente fazendo de tudo para juntar dinheiro.

Mas Diana não é uma prostituta infeliz. Não. Aparentemente gosta do que faz ainda que, obviamente, se tivesse escolha, não teria caído na "vida fácil". Ela encontra um escritor que gosta dela como ela é, sem fazer perguntas e tem amigas de verdade.

Uma dessas amigas de verdade, aliás, acaba metendo Diana em uma enrascada gigantesca e a trama de Copacabana engrossa, permitindo que Lobo nos faça passear por todo o bairro. Na verdade, na verdade, quem nos faz passear visualmente é Odyr, que desenha quase que com carvão, com fortíssimas sombras e poucos detalhes dos rostos, mas muitos detalhes dos corpos.

A estória é simples mas serve ao seu propósito de marcar o bairro mais famoso do mundo. É uma gostosa leitura.

Nota: 7,5 de 10

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Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."