domingo, 27 de setembro de 2009

Crítica de filme: Coco Antes de Chanel (Coco Avant Chanel)

Continuando os filmes do Festival do Rio de 2009, vi Coco Antes de Chanel. Para dizer a verdade, já vi esse filme há algum tempo sem nem saber que ele viria para o festival e totalmente sem querer pois pouco me interessava pela vida de Coco Chanel. Na verdade, o máximo que sabia sobre ela era que ela foi uma estilista e que há um famoso perfume com o nome dela. Podem me chamar de ignorante...

De toda forma, esse filme francês de 2009, dirigido por Anne Fontaine e estrelando Audrey Tautou no papel título é muito simpático e bem feito. Conta a difícil e conflitante vida de Gabrielle "Coco" Chanel desde quando era uma criança até alcançar fama revolucionando o mundo da moda feminina. Basicamente - e sem querer desmerecer Chanel - ela jogou fora a vestimenta básica da mulher do começo do século XX, ou seja, vestido longos com espartilhos e extremamente complicados, pela moda que temos hoje em dia.

Chanel, o filme mostra, sempre foi uma mulher a frente de seu tempo, totalmente despida das frescuras e da submissão reinantes entre as mulheres do começo do século passado. Ela não se importava com o que achavam dela e se vestia da forma que bem lhe entendesse. Saiu de sua posição de costureira/cantora de cabaré para o ponto mais alta da moda, passando por grandes romances - e tragédias - que só parecem ter solidificado ainda mais seu caráter revolucionário e incisivo.

Audrey Tautou, famosa pelo papel título na fábula Amélie Poulin, se mostra madura no papel. É bem verdade que sua aparência frágil não parece combinar com o temperamento forte de Chanel mas, depois de um tempo, o espectador se acostuma.

O filme peca por ser lento demais e sem muitos eventos importantes para impulsionar a estória. A diretora perde muito tempo tentando estabelecer a infância complicada de Chanel, pula para sua carreira de cantora/costureira e fica nesse momento histórico por tempo de mais. Apesar da fama do nome Chanel, uma pessoa "normal" pouco sabe de sua vida e sem momentos instigantes para prender o espectador, há que haver um pouco de boa vontade para se aguentar o filme até o final. Não que não valha a pena mas é que a diretora poderia ter ajudado.

Nota: 6 de 10

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