domingo, 28 de fevereiro de 2010

Crítica de filme: Precious: Based on the Novel Push by Sapphire (Preciosa - Uma História de Esperança)

Acabei de sair da sessão de cinema de Preciosa, concorrente a 6 Oscar (Filme, Atriz, Atriz Coadjuvante, Direção, Roteiro Adaptado e Edição). Senti-me como se tivesse tomado porrada por 110 minutos. Saí cambaleante, sangrando e com muita raiva.

Sim, o filme tem esse efeito. Não o veja se está procurando diversão. O que temos é um drama fortíssimo, um verdadeiro filme de horror.

Precious (Gabourey Sidibe, concorrendo ao Oscar de melhor atriz mas não merece a vitória, apesar da boa atuação) é uma garota negra, obesa mórbida, pobre, quase analfabeta, que vive com sua mãe Mary (Mo'Nique, também concorrendo ao Oscar e realmente merece pois faz o papel da mais nojenta vilã da história do cinema). Ela tem uma filha com o próprio pai ausente e a garota sofre de Síndrome de Down. Como se isso não bastasse, Precious está grávida novamente, novamente de seu pai.

E isso só para começar.

Vendo a vida de Precious ser destruída, a diretora de sua escola a manda para uma escola especial, onde ela é acolhida pela professora Blu Rain (Paula Patton em uma excelente e extremamente melancólica atuação que infelizmente foi esquecida pela Academia). Lá, finalmente, ela se sente alguém, interage com as pessoas e descobre que nem tudo está perdido em sua vida. Enquanto isso, sua mãe abusiva que não faz nada o dia inteiro e vive dos cheques da seguridade social que recebe em seu nome e em nome de Precious, continua em sua nefasta tentativa de colocar nas costas de Precious toda a culpa por tudo que deu errado na vida dela, inclusive ter perdido o namorado.

As cenas de convivência de Precious com sua mãe são memoráveis em termos de criação de tensão. A briga física entre as duas me deixou extremamente nervoso, tendo sido filmada com mais eficiência que muito thriller de alto nível. Mary é uma das pouca vilãs que dá vontade de pular na tela e acertá-la repetidas vezes com uma frigideira, basicamente no mesmo patamar da enfermeira Ratched de Um Estranho no Ninho.

O filme é a realidade nua e crua que está lá para quem tiver estômago de ver. Lee Daniels, o diretor, escolheu a técnica de "câmera na mão" para dar um estilo de documentário ao filme que, porém, não fica tremido como seria de se esperar. Ele foi comedido com o uso da técnica e sobretudo soube ressaltar a tensão da vida de Precious.

Outros momentos memoráveis são os sonhos da menina e como eles são introduzidos nas cenas. Precious aparece recebendo prêmios, dançando, sendo fotografada e adorada sempre que se encontra nas piores situações. É a única forma de fuga da menina.

Mas nem tudo é perfeito. A desgraça é tanta que o tema começa a se desgastar lá pelo terço final do filme, tornando-se repetitivo e até um pouco cansativo. Nessa hora, já entendemos o que aconteceu e já estamos profundamente incomodados pela situação. A cena de catarse final poderia vir alguns minutos antes.

Precious é um filme poderoso, que tem que ser visto. Mas, definitivamente, não consigo me imaginar assistindo-o novamente. Já apanhei demais vendo pela primeira vez.

Nota: 9 de 10

Crítica de filme: The Wolf Man (O Lobisomem)

Gostaria de entender como é que dois atores já estabelecidos no mercado como Benicio del Toro e Anthony Hopkins decidem efetivamente participar de filmes como O Lobisomem. É o dinheiro? O desafio do papel? Ou eles não leram o roteiro mas acharam que participar de filmes de lobisomem é bacana?

Com essa introdução já dá para vocês perceberem que não gostei muito do filme. O Lobisomem conta a estória de Lawrence Talbot (Benicio del Toro), um ator shakespeareano que, depois de muitos anos, a pedido da esposa de seu irmão desaparecido, volta para a enorme mansão da família em Blackmoor, Inglaterra. Ele não vê a família há anos mas quer saber o que aconteceu com o irmão. Ao chegar, o pior já aconteceu: o corpo dilacerado de Ben foi achado em um vala. Decidido a descobrir o que aconteceu, ele fica na mansão junto com seu pai, Sir John Talbot (Anthony Hopkins).

É evidente que seu irmão foi morto por um lobisomem e, exatamente em uma lua cheia, apesar dos avisos do pai, o idiota do Lawrence sai à noite para ir a uma acampamento cigano investigar. Justamente por lá, o lobisomem decide atacar e, depois de matar diversas pessoas, fere Lawrence, amaldiçoando-o a se tornar um lobinho sempre que houver noite de lua cheia. Chega na cidade um agente da Scotland Yard, Abberline, vivido pelo eterno Mr. Smith ou Elrond, Hugo Weaving e ele passa a liderar a caçada ao monstro.

O que acontece a partir daí é muito ridículo e uma colcha de retalhos em termos de furos de roteiro. Para começar, no ataque ao acampamento cigano, diversas pessoas são feridas mas só Lawrence vira Lobisomem. O filme é uma desculpa para intermináveis cenas de desmembramento (aparentemente, lobos matam sempre cortando cabeças com um golpe só...) e de tortura (Lawrence é levado a um manicômio). Todo o suspense gótico do filme original de 1941 foi arrancado do remake atual tornando o filme um genérico de monstro, com direito a embate entre duas feras ao final (e que vai ficar para a estória como uma das lutas mais ridículas já criadas). Rick Baker, o mago da maquiagem foi responsável pela transformação de Del Toro em lobo mas, nesse filme, nem os esforços dele resultaram em algo remotamente interessante. O bicho parece mais um orangotango com um problema de temperamento.

Talvez o fracasso do filme seja culpa do diretor Joe Johnston mas eu realmente acredito que tenha sido a conturbadíssima produção do filme pela Universal, com refilmagens, atrasos, mudanças de conceito e tudo o mais que tenha arruinado de vez um conceito razoavelmente fácil de se executar. Para piorar, a escalação de Benicio del Toro para viver o filho de um lorde inglês definitivamente não faz sentido. Ainda que o ator se pareça com um lobisomem, ele não tem nada a ver com um lorde inglês, tendo em vista sua forte aparência latina. Não é preconceito, apenas a constatação do óbvio.

O Lobisomem é um filme de talentos e dinheiro desperdiçados. Se querem ver bons filmes sobre o tema, que não seja o clássico de mesmo nome de 1941 com Lon Chaney Jr., procurem The Howling e An American Werewolf in London. Fujam desse lobisomem.

Nota: 2 de 10

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Crítica de filme: An Education (Educação)

Educação tem sido elogiado pela crítica especializada e conseguiu obter três indicações ao Oscar: melhor filme, melhor atriz (Carey Mulligan) e melhor roteiro adaptado (Nick Hornby, que escreveu os livros que serviram de base para About a Boy, Fever Pitch e High Fidelity). Como há uns 20 anos venho assistindo religiosamente todos os filmes que concorrem a melhor filme no Oscar antes da cerimônia, tratei de assisti-lo.

Carey Mulligan vive a jovem inglesa de 16 anos Jenny, forçada pelo pai (Alfred Molina) a estudar para passar para Oxford em plena Inglaterra de 1961. No entanto, ela acaba esbarrando em David (Peter Sarsgaard), um homem mais velho, com quem acaba se relacionando. Sem estragar o filme, fica claro, desde o começo, para o espectador, que David não é exatamente aquilo que parece ser. A relação dos dois vai se intensificando e a menina se torna mulher, pulando etapas muito rapidamente. O sonho de Oxford logo dá lugar a visões românticas da vida e o gosto pela experimentação e aventura se apodera de Jenny.

O filme tem claramente a inteligência pop de Nick Hornby, que soube transpor seus diálogos para a Inglaterra da década de 60. Nesse ponto, os primeiros 30 minutos de filme, com referências às músicas francesas e cultura beatnik, conseguem ser brilhantes, com segura direção da dinamarquesa Lone Scherfig. Os pontos altos, porém, são as atuações de Skarsgaard, misterioso, contido mas legitimamente apaixonado e de Molina, severo, rude, preconceituoso mas verdadeiramente amoroso. Os dois seguram o filme de maneira primorosa, mesmo quando a vida pregressa de David começa a ser descortinada, como é esperado desde o primeiro segundo em que o vemos.

A partir da segunda metade do filme, porém, o efeito obtido por Hornby e Scherfig começa a se apagar. Os diálogos passam a se repetir, personagens como a diretora da escola vivida por Emma Thompson, que deveriam ser de grande importância para Jenny, quase que são um "pé de página" no filme. A própria Emma Thompson é completamente subaproveitada, diga-se de passagem.

Mas o que realmente derruba esse filme é o final apressado e moralista, como se Hornby tivesse mudado de idéia no meio do caminho. Sem estragar nada para ninguém, posso estar muito enganado mas o final do filme não tem o mesmo tom do resto e acaba derrubando toda o propósito do filme. Se Horby tivesse se alongado um pouco mais ou procurado dar ao final um grau de realismo maior, com menos satisfação para a platéia, o filme teria um efeito melhor e até poderia realmente ser considerado bom. Do jeito que ficou, não entendo a razão para ter sido tão festejado.

Nota: 6 de 10

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Oscar 2010: A lista de candidatos e mais algumas coisinhas



Ontem, dia 02 de fevereiro, saiu a lista dos indicados ao Oscar de 2010. Não houve muitas surpresas mas, além de apresentar a lista, resolvi tabular as indicações por filme e fiz alguns comentários. Como eu ainda não vi todos os principais candidatos, aos poucos eu vou indicando quem eu acho que vai ganhar e que eu acho que tem que ganhar.

De toda forma, vale um esclarecimento. 

Alguns podem estranhar 10 indicações para melhor filme no lugar das tradicionais 5 indicações. A explicação é simples: a Academia precisa de audiência para a cerimônia de entrega dos prêmios Oscar e, com isso, resolveu ampliar a lista de indicados a melhor filme para permitir que filmes de sucesso além de filmes de arte com pouca bilheteria concorrram. Com isso, evita-se o que aconteceu ano passado em que Dark Knight não concorreu a melhor filme o que pode ter levado à menor das audiências na história da premiação. Esse ano, nessa categoria, temos desde o multimilionário Avatar até os microscópicos (em termos de arrecadação) The Hurt Locker (Guerra ao Terror) e A Serious Man (Um Homem Sério). Não é a primeira vez que isso acontece pois, até 1943, era assim também. Volta-se ao modelo antigo para tentar agradar a gregos e troianos. No entanto, o importante é fazer uma cerimônia bacana e ágil. Dessa vez, serão dois apresentadores: o outrora muito bacana Steve Martin e o comediante do momento, Alec Baldwin. 

Vamos ao ranking, pelo número de indicações:

Avatar - 9
Nine - 4
The Young Victoria - 3
The Last Station - 2
The  Messenger (O Mensageiro) - 2
The  Imaginarium of Doctor Parnassus (O Imaginário do Dr. Parnassus) - 2
The Cove - 1
Food, Inc. - 1
In the Loop - 1
The Most Dangerous Man in America: Daniel Ellsberg and the Pentagon Papers - 1
Bright  Star - 1
Burma VJ - 1
Faubourg 36 (Paris 36) - 1
The Lovely Bones (Um Olhar do Paraíso) - 1
Il Divo - 1


Vamos aos indicados, por categoria: 

Filme


Ok, boas escolhas em linhas gerais. Pela primeira vez, os dois melhores filmes de determinado ano estão efetivamente concorrendo nessa categoria: Up e Inglourious Basterds.

Ator

Morgan Freeman por Invictus

Acho que Colin Firth deveria levar pela sua maravilhosa atuação em A Single Man mas a verdade é que Jeff Bridges é quem vai ganhar, especialmente depois dos aplausos de pé no Globo de Ouro. Também é merecido.

Atriz 

Helen Mirren por The Last Station
Carey Mulligan por An Education (Educação)
Meryl Streep por Julie & Julia

Qualquer uma menos Meryl Streep!

Ator Coadjuvante

Matt Damon por Invictus
Woody Harrelson por The Messenger (O Mensageiro)
Christopher Plummer por The Last Station
Stanley Tucci por The Lovely Bones (Um Olhar do Paraíso)

Obviamente, Christoph Waltz ganhará merecidamente.

Atriz Coadjuvante

Penélope Cruz por Nine
Maggie Gyllenhaal por Crazy Heart (Coração Louco)

Dos filmes que vi até agora, acho que Mo'Nique merece.

Direção

James Cameron por Avatar

Tarantino devia ganhar mas a disputa ficará entre Cameron e sua ex-mulher, Kathryn Bigelow.

Roteiro original

The Messenger (O Mensageiro)


Roteiro adaptado

In the Loop

A estória de District 9 é sensacional e os diálogos de Up in the Air são incríveis. 

Fotografia


Avatar muito provavelmente ainda que A Fita Branca seja o filme com a melhor fotografia de longe.

Edição



Direção de Arte

The Imaginarium of Doctor Parnassus (O Imaginário do Dr. Parnassus)
The Young Victoria

Novamente Avatar?

Figurino

Bright Star
The Imaginarium of Doctor Parnassus (O Imaginário do Dr. Parnassus)
The Young Victoria

Sei lá... Só por adorar Terry Gilliam e sem nem mesmo ter visto o filme dele, Dr. Parnassus, daria a estatueta para ele (sei que não é ele que recebe mas, de toda forma, serve).

Maquiagem

Il divo
The Young Victoria

Que maquiagem que Star Trek tem? O velho Spock? Mas Leonard Nimoy já não é assim?

Trilha Sonora


Avatar definitivamente não deveria estar concorrendo nessa categoria. Ficaria com Fantastic Mr. Fox ou Up.

Canção original

Faubourg 36 (Paris 36): "Loin de Paname"
Nine: "Take It All"

A música de Crazy Heart é ótima e merece.

Mixagem de Som


Avatar mais uma vez.

Edição de Som


Adivinha? Avatar, claro. 

Efeitos Visuais


Esse ano essa categoria nem deveria existir... Avatar na cabeça!

Filme Animado

The Secret of Kells (O Segredo de Kells)

Up, sem dúvida (já que eu sei que ele não ganha para melhor filme). Ah, e eu me considero razoavelmente bem informado sobre cinema, mas o que raios é The Secret of Kells??? 

Filme estrangeiro

Ajami (Israel)
El secreto de sus ojos (O Segredo de seus Olhos) (Argentina)
Un prophète (Um Profeta) (França)

Só vi dois por enquanto e meu voto fica com A Fita Branca pelo momento.

Documentário Longa Metragem

Burma VJ: Reporter i et lukket land
The Cove
Food, Inc.
The Most Dangerous Man in America: Daniel Ellsberg and the Pentagon Papers
Which Way Home

Documentário Curta Metragem

China's Unnatural Disaster: The Tears of Sichuan Province
The Last Campaign of Governor Booth Gardner
The Last Truck: Closing of a GM Plant
Królik po berlinsku
Music by Prudence

Curta Metragem - Animação

French Roast
Granny O'Grimm's Sleeping Beauty
La dama y la muerte
Logorama
Wallace and Gromit in 'A Matter of Loaf and Death'

Preciso muito ver Logorama. O conceito é sensacional: um mundo em que o importante são as marcas e que tem um Ronald McDonald assassino...

Curta Metragem

The Door
Istället för abrakadabra
Kavi
Miracle Fish
The New Tenants 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Crítica de filme: Fantastic Mr. Fox (O Fantástico Sr. Raposo)

Fantastic Mr. Fox (O Fantástico Sr. Raposo) é um desenho em stop-motion dirigido por Wes Anderson, baseado no livro homônimo para crianças, escrito pelo galês Roald Dahl (o mesmo que escreveu Charlie and the Chocolate Factory).

Stop-motion, para quem não sabe, é uma antiga técnica de animação que emprega bonecos e boa dose de paciência pois o animador tem que movimentá-los 24 vezes para cada segundo de filme. Essa técnica foi usada, por exemplo, no King Kong original de 1933 e posteriormente absurdamente aperfeiçoada por Ray Harryhausen em filmes como Jasão e os Argonautas (Jason and the Argonauts) (1963) e Fúria de Titãs (Clash of the Titans) (1981). Mais recentemente, a técnica tem sido usada com extrema sofisticação, dentre outros, por Henry Selick em 1993 em O Estranho Mundo de Jack (The Nightmare Before Christmas)  e em 2009 em Coraline.

Wes Anderson é o diretor de poucos mas peculiares filmes autorais como Rushmore, The Royal Tenenbaums, The Life Aquatic with Steve Zissou e The Darjeeling Limited. Posso dizer que, talvez com exceção de Rushmore, adorei todos os seus filmes.

A pergunta que fica é: qual é a relação de Wes Anderson com o stop-motion? Bom, posso dizer com certeza que, antes de Fantastic Mr. Fox, usar os dois nomes em uma frase só era impossível. Depois de Mr. Fox, fico me perguntando quando o diretor voltará para esse grau de experimentalismo.

Não se enganem. Apesar de ser animação e de ser baseado em um livro feito para crianças, Fantastic Mr. Fox não é, exatamente, um filme para crianças. Não que uma criança não possa assisti-lo. Pode sim, pois não tem violência nem palavrões mas a temática é bem adulta. Diferentemente do que vemos por aí, não é um filme para crianças que os adultos podem ver mas sim um filme para adultos que crianças podem ver.

A estória gira em torno do Sr. Raposo cuja voz é a de George Clooney e da Sra. Raposa (ou seria "Raposo" também?), uma raposa cuja voz é a de Mery Streep. Os dois vivem a vida roubando aves das fazendas vizinhas até que a Sra. Raposa revela que está grávida. É o fim da vida de aventuras do Sr. Raposo. Domado, tolhido, preso, o Sr. Raposo larga a vida de furtos e passar a ser um colunista de jornal. Com o tempo, a família acaba se mudando para uma espaçosa árvore cujo inconveniente é ser localizada em frente às fazendas de três virulentos produtores rurais: Boggis, Bunce e Bean.

O Sr. Raposo não resiste e, juntamente com um amigo Toupeira (com a voz de Bill Murray), resolve voltar ao furto. Planeja, então, uma grande operação em cada uma das fazendas mas, claro, seu plano dá errado e Boggis, Bunce e Bean contra-atacam, acabando por desalojar todos os bichos. Resta, agora, o Sr. Raposo consertar o grande problema que criou, demonstrando sua responsabilidade perante a família e seus amigos.

Usando, como de hábito, cores vibrantes e uma animação stop-motion bem simples, bem diferente das super-sofisticadas animações do já citado Henry Selick, Wes Anderson consegue ótimos efeitos que passam com perfeição os temas de tentação, a luta contra a própria natureza, a adrenalina da aventura e responsabilidade. Em muitos momentos parece que estamos assistindo àqueles antigos cartoons dos Looney Tunes ou Tom & Jerry e a sensação é muito agradável. 

Nota: 9 de 10