domingo, 28 de março de 2010

Crítica de quadrinhos: Fables vol. 12 - The Dark Ages (Fábulas vol. 12)

Como dá para notar em meus comentários aqui, sou fã dos quadrinhos Fables criados por Bill Willingham. Em brevíssimo resumo, a série conta a estória dos personagens de contos de fada (Branca de Neve, Lobo Mau, Cinderela e por aí vai) como se eles vivessem em nosso mundo, foragidos de suas terras natal pela invasão de um inimigo conhecido como Adversário. Os Fábulas que se confundem com os humanos vivem em Nova Iorque, em uma rua chamada Fabletown. Os Fábulas animais e monstros têm que viver em um fazenda, no interior do estado de Nova Iorque. Apesar da temática, a estória não é para crianças.

No último volume, a grande batalha entre os Fábulas e o Adversário acabou. Houve baixas para os dois lados mas os Fábulas saíram vitoriosos. O Adversário foi capturado e, agora, depois de uma anistia geral, passou a viver em Fabletown. Não vou contar a identidade dele pois descobrir é parte da diversão e isso acontece nos volumes anteriores. De toda forma, a estória começa bem divertida, com a reação de estranheza e preconceito por um assassino de milhões de Fábulas estar andando livre, leve e solto no meio de Fabletown. Esse começo é interessante, bem construído, especialmente a atitude superiora do Adversário em relação aos seus captores.

Mas aí a estória, que começa boa, começa a se arrastar tremendamente. Acaba que ela parece um extenso e muito previsível epílogo da grande guerra do volume 11, algo que poderia ter sido feito em algumas páginas apenas. Vemos o destino de Boy Blue, um dos grandes heróis da guerra e o aparecimento de um potencial novo inimigo, com enorme poder. Willingham definitivamente tinha um plano em mente ao desconstruir o império do Adversário, mostrando que talvez existisse um propósito para tamanha carnificina. Afinal, o novo inimigo que se avizinha, em pouco tempo cria um caos total na vida dos Fábulas de Nova Iorque, mudando, mais uma vez, toda a mecânica da estória. Ponto para o autor nesse sentido mas ele perde muitos outros ao ampliar, vagarosamente, o nouement da empolgante guerra que vimos no volume anterior.


O que vale mesmo nesse volume é ver que a estória continua, apesar desse pequeno, digamos, "soluço". Uma estória que está lá dentro e é muito interessante é a de Mogli (o menino lobo, lembram?) voltando para sua terra de conto de fadas para espionar o que está acontecendo depois da derrota do adversário. É a estória com melhor estrutura desse volume e merece muito ser lida. 


O próximo volume é um crossover entre essa série, a série spin-off Jack of Fables (nem de longe tão boa quanto a original) e uma minissérie curtíssima chamada The Literals. Já a tenho por aqui e pretendo em breve fazer meus comentários, juntamente com o primeiro arco do segundo spin-off, focado na Cinderela. 


Nota: 7 de 10

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."