sábado, 17 de julho de 2010

Crítica de filme: The A-Team (Esquadrão Classe A)

Tenho boas lembranças da série Esquadrão Classe A. Foi uma das boas séries da década de 80, famosa pelos enlatados completamente descerebrados.

Com essa lembrança, fui ao cinema esperando diversão e, quando acabou a sessão, concluí que há muito tempo não me divertia tanto com um filme. Não esperem uma trama brilhante nem atuações merecedoras de Oscar. É um filme bastante linear e com atuações corretas apenas. Mas o fator divertimento é extremamente alto e, muitas vezes, é apenas isso que espero de um filme.


Para quem não sabe, a série oitentista contava a estória de quatro amigos veteranos da guerra do Vietnam: o Coronel John "Hannibal" Smith, chefe da equipe e criador dos mais mirabolantes planos; o Tenente Templeton "Faceman" Peck (no Brasil, Cara-de-Pau), um eterno galanteador; o louco Capitão "Howling Mad" Murdock e o truculento Sargento B.A. Baracus. Os quatro eram boinas verdes que foram acusados por crimes que não cometeram e, agora, vivem como foragidos mercenários, ajudando quem os paga.

No filme, o diretor e co-roteirista Joe Carnahan resolveu começar bem do começo e contar como Hannibal (agora vivido por Liam Neeson, de Taken) e Cara-de-Pau (Bradley Cooper de The Hangover) conheceram B.A. (Quinton "Rampage" Jackson) e Murdock (Sharlto Copley de District 9). Depois da cena inicial, o filme pula alguns anos e nos coloca em plena Guerra do Iraque, com os quatro na mesma unidade de combate prestes a voltar para casa. Em sua última missão, eles são enganados e presos. Segue-se uma fuga e uma operação para limparem seus nomes.

As situações são completamente absurdas, ilógicas e impossíveis. Mas são todas muito bacanas, originais e divertidas. Em determinada cena, cujo trecho aparece brevemente no trailer, os quatro estão em um avião e se jogam lá de cima dentro de um tanque de guerra. Ela é longa mas o diretor consegue prender a atenção do espectador com o nível de gigantescos absurdos e reviravoltas. É um dos pontos altos do filme, mas está longe de ser o único.

Tem de tudo: B.A. descendo um prédio como o Homem-Aranha, loopings de helicóptero, navios explodindo e muito diálogo curto, esperto e, sobretudo, engraçado. Os planos de Hannibal são daqueles completamente inexequíveis mas que sempre dão certo no último segundo. Não há nada que ele não consiga prever.

Li muitas críticas dizendo que o filme é raso e completamente descartável. Até entendo os críticos mas eles estão sendo duros demais. O filme empolga e diverte como poucos filmes recentes e os quatro atores principais encarnaram de verdade os personagens.

Saí do filme renovado, com um sorriso no rosto e assobiando a música tema. O que mais esperar? Parafraseando Hannibal, "adoro quando um filme dá certo".

Nota: 9 de 10

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."