sábado, 31 de julho de 2010

Crítica de filme: Salt

Tudo começa quando um desertor russo se entrega à CIA e, durante o interrogatório, revela que Evelyn Salt é uma espiã russa infiltrada nos Estados Unidos com a missão de matar o presidente russo em território americano, durante o velório do vice-presidente americano. O objetivo seria desestabilizar as duas nações e criar, mais uma vez, um ambiente hostil e de guerra fria.


Acontece que Evelyn Salt (Angelina Jolie) é quem interroga o desertor. A partir desse momento, o filme se transforma em uma sucessão de perseguições, tiroteios e fugas, cada um mais fantástico e mentiroso que o outro. A trama também vai se complicando e se tornando mais absurda a cada segundo. E veja que há filmes mentirosos e mentirosos mas Salt é em um nível de absurdo - para um filme sério, devo abrir o parênteses - que chega a ser engraçado. Sabem a trilogia de Jason Bourne (vivido por Matt Damon)? Pois bem, é mais ou menos naquele nível de absurdos.

Mas Salt não é Bourne. Apesar da presença da bela Angelina Jolie, que, basicamente, carrega o filme nas costas, faltou o finesse que a trilogia Bourne tem. Apesar das tramas absurdas nos três filmes do desmemoriado espião, elas parecem ter uma cola que empresta credibilidade ao que acontece.

No entanto, Salt é um filme que dosa muito bem a ação e seu diretor Phillip Noyce (de The Bone Collector, Clear and Present Danger e Patriot Games) consegue equilibrar a presença marcante de Jolie com surtos de ação ininterrupta em uma trama do outro mundo mas inegavelmente divertida. Outro ponto bem bacana são os fatalities. Para quem não sabe, fatalities são aqueles golpes super especiais e completamente surreais dos jogos da série Mortal Kombat. Faço o paralelo pois Salt (a personagem), encontra maneiras extremamente originais para abrir o caminho que precisa, como por exemplo o atentado ao presidente russo e o "enforcamento" ao final.

Acho que Noyce, no final das contas, valendo-se do charme nato da atriz principal, conseguiu montar um filme que diverte e supreende. Há reviravoltas e mais reviravoltas mas todas elas são telegrafadas e fáceis de serem descobertas antes de acontecerem. Mas isso não subtrai do resultado final. Talvez até ajude. E Jolie que só entrou nesse papel depois de Tom Cruise desistiu dele, escolhendo o ruim Knight and Day (Encontro Explosivo), mostra a que veio e se estabelece como uma ótima heroína de ação.

Nota: 7 de 10

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