terça-feira, 30 de novembro de 2010

Crítica de filme: Frozen (Pânico na Neve)

Como transformar o esqui em algo aterrorizante? Normalmente associado com férias, relaxamento, diversão, brincadeiras, o esqui na neve sofre, com Frozen, um twist interessante, digno de filme de horror.

Acho que o momento que dá mais frio na barriga ao se esquiar é a subida de teleférico. Chegar lá em cima e descer aquela altíssima montanha super inclinada depende muito mais da habilidade do esquiador do que de fatores externos. Sim, descer de esqui pode dar calafrios mas o teleférico que nos transporta até o cume da montanha está totalmente fora de nossa esfera de influência.


Tanto é assim que, muitas, vezes, ele para no meio da caminho pelas mais variadas razões como defeitos e pessoas que não conseguiram sentar direito. Quando isso acontece - e às vezes pode acontecer por vários minutos - só nos resta esperar.

E é aí que o diretor (estreante em longas) Adam Green focou seu filme.

Um casal de namorados, Parker (Emma Bell) e Dan (Kevin Zegers) mais um amigo "vela", Joe (Shawn Ashmore) querem dar uma última descida de esqui antes que a estação feche e só reabra 5 dias depois. Eles sobem no teleférico mas o empregado da estação que sabia que eles estavam subindo tem que resolver um problema e é substituído por alguém que acaba presumindo que não tem mais ninguém na montanha. Resultado: o teleférico é desligado e os três ficam pendurados a muitos metros de altura do chão, no escuro, em um frio congelante e com uma tempestade a caminho.

Com exceção dos 10 ou 15 minutos iniciais, todo o filme se passa na cadeira do teleférico e só há interação entre esses três personagens. A situação desesperadora acaba levando a desastrosas medidas por parte de um deles. Contar mais seria estragar o filme de 93 minutos. Basta dizer que há lobos, muitos lobos pela região, como se não bastasse o frio de rachar.

Como costuma acontecer em filmes dessa natureza, que circulam por festivais de cinema, o diretor, que também é roteirista, teve uma idéia bacana e decidiu que ela daria um bom filme. De fato, a idéia é mesmo bacana. Mas o diretor perde a impulsão do filme quando alcança o clímax prematuramente, lá pela metade. Mais ou menos como seus protagonistas, o diretor ficou sem saída e teve que recomeçar o filme em sua metade, repetindo o que já havia feito. É a típica idéia que fica muito bacana no papel mas que, em filme, acabou ficando impossível esticar sem rasgar.

Os primeiros 45 minutos são verdadeiramente desesperadores e, até o tal clímax, o filme ia muito bem. Depois, ele acaba tornando-se, infelizmente, um pouco chato.

Mas o filme merece ser visto, desde que o espectador não exija muito do conceito e queira, apenas, aflição, muita aflição e, claro, uma lição sobre o que fazer - e o que não fazer - quando ficar preso em um teleférico de esqui.

Mais sobre o filme: IMDB, Rotten Tomatoes e Box Office Mojo.

Nota: 6 de 10

3 comentários:

  1. Bom comentário, eu assisti ao filme e me pareceu quase perfeito até seus 45 minutos, depois disso as coisas ficaram tão sem ação que perdeu-se toda a adrenalina de início.

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  2. achei o filme chato e mal feito...
    a cena do cara que pula do teleférico e quebra as pernas beirou o ridículo... as pernas ficaram desproporcionais e dá pra perceber que o cara tá enterrado na neve!!!! Credo!!!!
    Fujam disso aí, não vale o esforço.

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  3. Achei sem nexo o fato de existirem lobos mortos de fome num local que é bem movimentado, sendo assim, já seria notificada a existência de lobos na estacao de esqui. Por esse lado achei que perdeu a graça pra mim.

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Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."