quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Crítica de filme: Legend of the Guardians: The Owls of Ga'Hoole (A Lenda dos Guardiões)

Jamais imaginaria que um dia fariam um filme cujos personagens principais são corujas. Mas A Lenda dos Guardiões é exatamente isso: um desenho de computação gráfica sobre corujas falantes.

Já fiquei meio desconfiado quando vi o trailer, achando que não dava para fazer uma estória interessante a partir desses bichos mas dois elementos me chamaram a atenção: Zack Snyder na direção e uma linda computação gráfica. Zack Snyder foi o diretor de Dawn of the Dead, 300 e Watchmen o que, no meu livro, automaticamente o coloca em uma boa categoria. Os efeitos especiais, muito parecidos com os de Happy Feet (na verdade, é a mesma tecnologia base), eram de fazer babar.

Assim, dei uma chance ao filme e fui ao cinema e, ainda por cima para vê-lo em 3D, tecnologia essa que eu não sou muito fã. Bom, o filme acabou sendo aquilo mesmo que eu achava que seria: lindas imagens e nenhum conteúdo.

Baseado em uma série de livros de Katryn Lasky, o filme conta a estória das corujinhas Soren e Kludd, que ainda estão aprendendo a voar. Soren é sonhador e idealista e acredita nas lendas sobre corujas-guardiãs que defenderiam todas as corujas. Kludd é irritado e completamente desiludido. Em uma escapada não autorizada por seus pais, os dois acabam sendo raptados por um exército de corujas más. Soren se recusa a lutar pelos bandidos mas Kludd aceita o cargo, o que fica óbvio desde o primeiro segundo de filme.

Em seguida, também como não poderia deixar de ser, Soren foge, junto com outro prisioneiro para procurarem os Guardiões de Ga’Hoole, as tais corujas guerreiras da lenda. Enquanto isso, os bandidos ficam preparando uma absurdamente ridícula armadilha para os Guardiões.

A estória é muito básica e a arma secreta dos bandidos é totalmente, como os americanos dizem, “out of the left field”. Não faz nenhum sentido mesmo dentro da trama tipo “Senhor dos Anéis” que Zack Snyder dirige. Isso acaba tornando o filme bem infantil.

Mas o visual é sensacional. Cada pena das corujas tem movimentação independente. Cada gota de chuva brilha de uma maneira. Cada lufada de vento cria um efeito diferente na penugem dos animaizinhos. O capricho na produção é mais do que evidente e é um enorme avanço sobre Happy Feet, que já era deslumbrante. Zack Snyder ainda tira proveito dessa beleza toda usando sua marca registrada: as câmeras lentas. O “vôo batizado” de Soren na chuva é uma incrível sequência técnica, daquelas para serem enquadradas e penduradas na parede.

O 3D desse filme não prejudica nem favorece a trama. Por sorte, é um 3D do tipo que cria profundidade e não cospe na cara do espectador. No entanto, pela natureza da tecnologia, talvez seja mais interessante assistir a esse filme sem o 3D pois o 3D exige o escurecimento da película.

No final das contas, Zack Snyder produziu um filme para crianças que dificilmente tem algum efeito para os pais. É uma estória simples e objetiva que não chega a empolgar completamente mas envolve pelo efeitos.

Mais sobre o filme: IMDB, Rotten Tomatoes e Box Office Mojo.

Nota: 6 de 10

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