domingo, 26 de dezembro de 2010

Club du Film - 5.63 - Mean Streets (Caminhos Perigosos)


Caminhos Perigosos foi o terceiro longa metragem dirigido por Martin Scorsese e foi lançado em 1973. O Club du Film (mais sobre ele ao final) viu o filme em 26.10.10.

Harvey Keitel faz seu segundo filme com Scorsese, quase que repetindo seu primeiro papel, de homem extremamente religioso em Who's That Knocking on my Door. Em Caminhos Perigosos, porém, o papel de Keitel, dessa vez fazendo Charlie, é bem mais desenvolvido. Charlie trabalha duro dentro da estrutura da máfia para seu tio, para crescer por seus próprios méritos. Ele ainda é muito novo, está apenas começando, mas trata tudo da maneira mais profissional que pode.

Club du Film - 5.62 - Solaris (1972)

Refilmado em 2002 por Steven Soderbergh, com George Clooney no papel principal, Solaris é um clássico filme russo, dirigido em 1972 por Andrey Tarkovskiy com base na obra do autor polonês Stanislaw Lem. Foi visto pelo Club du Film (mais sobre ele ao final desse post) em 19.10.10.

Pode-se dizer que Solaris é, em muitos aspectos, a resposta soviética à 2001 - Uma Odisséia no Espaço, que Kubrick filmou quatro anos antes. São dois filmes que se passam no "espaço", são dois filmes longos, são dois filmes contemplativos, são dois filmes, em última análise, difíceis de se assistir. Particularmente, gosto muito de 2001, com suas inesquecíveis cenas do começo do homem, o balé de naves espaciais, o fantástico HAL 9000 e a psicodélica viagem ao final.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Crítica de TV: Battlestar Galactica: The Plan

The Plan é um longa metragem produzido após o fim da série Battlestar Galactica, uma das melhores séries da televisão já feitas, conforme meus comentários aqui e aqui. O objetivo seria explicar qual é o tal do "plano" dos Cylons que é mencionado a cada começo de episódio, com a frase "and they have a plan". De fato, não tinha percebido que essa frase, na verdade, não fazia muito sentido pois o plano dos Cylons era destruir todos os humanos das 11 Colônias.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Crítica de filme: Tron: Legacy (Tron - O Legado)

Quando voltei da sessão de Tron - O Legado no cinema, li a crítica da sempre ótima Isabela Boscov na Veja desse final de semana. Tinha um pensamento em mente e ela o resumiu com muito mais propriedade do que eu seria capaz e faço a citação: "Pois a falha que atinge Tron - O Legado é de ordem estrutural: a idéia de pessoas extraviadas em um programa de computador era avançada em 1982 - mas é antiquada para empolgar em 2010, a despeito do desvelo e da inspiração com que Kosinski reimagina o mundo de Tron."

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Crítica de filme: Tron (Tron - Uma Odisséia Eletrônica)

Nem posso acreditar, mas já se passaram mais de 28 anos desde o lançamento de Tron - Uma Odisséia Eletrônica nos cinemas. Lembro-me claramente de ter visto esse filme no cinema e de ter ficado embasbacado com os efeitos especiais.

Revi o filme há bem pouco tempo, com minhas filhas, em antecipação ao lançamento de sua corajosa continuação, Tron - O Legado. Digo corajosa pois, nos tempos de hoje, seria muito mais lógico a Disney fazer o que está na moda e lançar um remake.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Club du Film - 5.61 - King Kong (1933)

King Kong é um filme americano de 1933, dirigido por Ernest B. Schoedsack e Merian C. Cooper e foi visto pelo Club du Film (mais sobre o Club ao final do post) em 14.10.10. Essa data, aliás, foi uma das raras sessões duplas do Club, em que assistimos também Branca de Neve.

Sou extremamente parcial quando trato de filmes usando a tecnologia do stop motion (vejam aqui e aqui). Afinal de contas, movimentar bonecos articulados 24 vezes a cada segundo de filmagem é, por si só um esforço hercúleo. Calculem rapidamente o que isso significa para a filmagem de um minuto apenas? Pensaram? Os bonecos têm que ser movimentados 1.440 vezes e olhem que, em 1933, não dava para aproveitar-se do computador para facilitar o trabalho.

Club du Film - 5.60 - Snow White and the Seven Dwarfs (Branca de Neve e os Sete Anões)


Branca de Neve e os Sete Anões é um desenho animado da Disney de 1937, dirigido por um colegiado de seis diretores sob a supervisão do próprio Walt Disney e foi visto pelo Club du Film (mais sobre o Club ao final do post) em 14.10.10. Essa data, aliás, foi uma das raras sessões duplas do Club, em que assistimos também King Kong, o original, que será alvo dos próximos comentários.

Quem não assistiu Branca de Neve? Trata-se do primeiro desenho de longa metragem 100% desenhado em células em todo o mundo e que, apenas por esse fato, já pode ser considerado como revolucionário. Mas Branca de Neve conseguiu ir além pois técnicas de profundidade foram desenvolvidas para esse desenho que nunca antes haviam sido usadas nos desenhos de curta metragem, mesmo aqueles vindos da Disney.

Crítica de filme: The Boondock Saints II: All Saints Day (Santos Justiceiros II - O Retorno)

Nove anos depois do cultuado Boondock Saints, o diretor e roteirista do primeiro, Troy Duffy, resolveu reunir a turma novamente para fazer uma continuação. Infelizmente, apesar de todo o potencial que ele demonstrou no primeiro filme, no segundo ele não fez mais do que uma espécie de remake só que sem aquelas pequenas mas geniais cenas (como a do confessionário e a do gato) que marcaram o primeiro filme e, principalmente, sem Willem Dafoe e David Della Rocco. Boondock Saints II soou, apenas, como um fraco eco do primeiro, uma repetição como menos "BANG".

sábado, 18 de dezembro de 2010

Crítica de TV: The Sopranos - a série completa (Família Soprano)


Eu e minha esposa dedicamos 2010 para assistir Família Soprano do começo ao fim. Comprei a primeira temporada em DVD quando ela foi originalmente lançada lá pelos idos do ano 2000, ou seja, alguns dias mais de 10 anos.  Vi um ou dois episódios e larguei de lado, não porque não tivesse gostado mas talvez pelas circunstâncias daquele momento.

Corta para o Natal de 2009. Minha esposa decidiu me dar de presente as temporadas restantes e minhas desculpas para não ver a série acabaram. Começamos em janeiro e acabamos agora, no comecinho de dezembro desse ano. Todas as seis temporadas, do começo ao fim. 

Para aqueles que consideram Lost uma série revolucionária, com roteiro brilhante, algo nunca tentado antes na TV, façam um favor a vocês mesmos e assistam Família Soprano. Achar Lost uma série revolucionária, como muitos preconizam, significa uma das quatro hipóteses: (1) Lost foi a única série que você assistiu; (2) você gosta de roteiros completamente sem sentido, seja direto, indireto ou metafórico; (3) você se deslumbra facilmente ou (4) você gosta de ursos polares em ilhas tropicais.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Crítica de quadrinhos: Jack of Fables - volumes 7 e 8

Os volumes 7 e 8 de Jack of Fables são respectivamente, o antepenúltimo e o penúltimo volume da série spin-off de Fables, que comentei aqui e aqui. Ela acabará no número 50, que será lançado em breve. Jack of Fables não é uma série sensacional como a que lhe deu origem mas diverte bastante.

No volume 7, chamado The New Adventures of Jack and Jack (colecionando os números 36 a 40 da revista), Bill Willingham decidiu dividir a atenção dos leitores entre Jack of Fables e seu filho Jack Frost, introduzido em volumes anteriores. Creio que a escolha do autor tenha sido para trazer um sopro de ar fresco às estórias de Jack que, além de já terem alcançado seu cume no final do volume 6, nunca foram especialmente atraentes. A nova linha de Willingham, porém, apesar de interessante, acaba se mostrando muito comum. Explico.

Crítica de quadrinhos: Cinderella: From Fabletown with Love

Todos nós conhecemos Cinderella como aquela personagem meiga que perde o sapatinho de cristal na escadaria do castelo de seu príncipe e volta a se transformar em uma pobre plebéia explorada por sua madastra e meias-irmãs más.

Mas não em Fabletown.

Em Fabletown, Cinderella é o equivalente a James Bond: uma loira fatal e, principalmente, mortal, que coloca suas habilidades secretamente a serviço dos Fábulas, especialmente de Bigby, o Lobo Mau, responsável por seu treinamento.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Crítica de quadrinhos: Fables - volumes 13 e 14

Bill Willingham conseguiu escrever 11 volumes perfeitos de Fábulas (Fables), estória em quadrinhos mensal do selo Vertigo (da DC Comics) sobre o que aconteceria se os personagens de contos de fadas vivessem entre nós. No volume 12, Willingham fez uma espécie de epílogo da grande guerra que acontece no volume 11, sem realmente avançar muito a trama. Com isso, ele conseguiu montar seu volume mais fraco.

Até a chegada do volume 13, quer dizer...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Crítica de filme: Pandorum

Tenho certeza que o que escreverei sobre esse filme está fortemente relacionado às minhas baixas expectativas sobre ele. Afinal, já havia lido muita coisa ruim sobre esse filme de "monstro no espaço" e estava prepararado para um monte de lixo sendo regurgitado pelo diretor Christian Alvart que, antes disso, não havia feito nada de nota.

Com toda essa carga negativa, comecei a assistir o filme, basicamente atraído pela presença de Dennis Quaid no elenco já que eu o acho ótimo, apesar da canastrice.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Crítica de filme: Buried (Enterrado Vivo)


Por mais que as fãs ardentes de Ryan Reynolds possam querer defender, ele não é um bom ator. Em Enterrado Vivo, ele é o único ator e, em meu entendimento, o ponto fraco do filme, o que não é dizer pouco quando todo ele se passa dentro de um caixão enterrado em algum lugar do Iraque.

Sim, o filme se passa todo ele dentro de um caixão daqueles rústicos de pranchas de madeira, enterrado provavelmente a poucos palmos da superfície, no meio do deserto do Iraque. Reynolds vive Paul Conroy, empregado de uma das empresas contratadas para reconstruir o país. Como companhia ele tem apenas um isqueiro Zippo - que deve ter pago parte do filme - e um celular Blackberry, que pagou a outra parte. Aos poucos, Conroy vai descobrindo que sua já desesperadora situação é ainda mais complexa que ele imagina pois ele passa a lidar com o iraquiano que o colocou lá dentro e com a inacreditável burocracia dos canais regulares do governo e de seu empregador, para tentar resolver seu, digamos, problema.

Club du Film - 5.59 - La Règle du Jeu (A Regra do Jogo)

A Regra do Jogo é um filme francês de 1939, dirigido por Jean Renoir (A Grande Ilusão) e foi visto pelo Club du Film (mais sobre o Club ao final do post) em 07.10.10.

Diversos aristocratas e seus empregados são colocados em uma mansão por ocasião de uma festa, às vésperas de Segunda Guerra Mundial. Não se trata de uma festa comum, mas sim uma festa "de caça", onde os convidados, de dia, saem em grupos para caçar animais e, à noite, contam suas estórias, regados por muita comida e bebida. André Jurieux (Roland Toutain) é um piloto que acabou de fazer um vôo recordista.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Club du Film - 5.58 - Jules et Jim (Jules e Jim - Uma Mulher Para Dois)

Jules e Jim é um filme francês de 1962, dirigido por François Truffaut e foi visto pelo Club du Film (mais sobre o Club ao final do post) em 21.09.10.

O filme conta a estória clássica de um triângulo amoroso (como o desnecessário subtítulo em português deixa claro) durante algumas décadas. Ele é formado por Jules (Oskar Werner) e Jim (Henri Serre), dois grandes e inseparáveis amigos e Catherine (Jeanne Moreau). Jules, um austríaco e Jim (um francês) se apaixonam por Catherine, ainda jovens, antes da Primeira Guerra Mundial.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Club du Film - 5.57 - Au Hasard Balthazar (A Grande Testemunha)

Au Hasard Balthazar (A Grande Tesmunha) é um filme francês de 1966, dirigido por Robert Bresson e foi visto pelo Club du Film (mais sobre o Club ao final do post) em 14.09.10.

Robert Bresson dirigiu um burro. Sim, literalmente um burro. Tamanho é o foco no animal que Bresson de propósito pediu para que os atores não atuassem, ficassem meio que mortos e "mecanizados" em cena, exatamente para deixar sobressair o triste burrico.