segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Crítica de filme: Pandorum

Tenho certeza que o que escreverei sobre esse filme está fortemente relacionado às minhas baixas expectativas sobre ele. Afinal, já havia lido muita coisa ruim sobre esse filme de "monstro no espaço" e estava prepararado para um monte de lixo sendo regurgitado pelo diretor Christian Alvart que, antes disso, não havia feito nada de nota.

Com toda essa carga negativa, comecei a assistir o filme, basicamente atraído pela presença de Dennis Quaid no elenco já que eu o acho ótimo, apesar da canastrice.


De fato, como muitas críticas mencionaram, Pandorum é um mix genérico de tudo que nós estamos acostumados a ver em filmes de "monstro no espaço". A inspiração em filmes como Alien, Sunshine - Alerta Solar, Abismo do Medo e outros tantos. Obviamente, porém, a grande inspiração é mesmo Alien, bastando ver a descrição da estória: dois militares (Payton - Dennis Quaid e Bower - Ben Foster) acordam de longo sono criogênico sem qualquer memória sobre o porquê de estarem na nave e logo se encontram com monstruosas criaturas humanóides que só querem saber de comer humanos.

Viram? É um Alien elevado à décima potência em termos de quantidade de monstros, sangue e exageros pirotécnicos. Obviamente, Pandorum não se compara ao filme de Ridley Scott em mais nenhuma categoria, mas isso não quer dizer que o filme seja ruim e aí vem a questão que mencionei sobre minhas baixas expectativas.

Esperava um lixo total. Encontrei, no lugar, um divertido filme de horror que, por acaso, se passa em uma nave espacial. A nave, na verdade, é uma espécie de Arca de Noé, com alguns milhares de humanos em sono criogênico e amostras de DNA de seres vivos da Terra para que seja possível a colonização de um planeta muito semelhante ao nosso só que extremamente distante. Obviamente, como manda a regra em filmes de ficção científica desse gênero, nosso planeta já teve esgotadas todas as fontes naturais.

O local onde os humanos estão congelados, claro, formam uma espécie de delicatessen para os famintos monstros que assolam a nave. Ficam os mistérios: (1) o que são os monstros como eles entraram na nave? (2) o que aconteceu com a tripulação? (3) por que a nave não chegou ao seu destino?

Tudo, claro, vai acabar se resolvendo de maneira até muito satisfatória, ainda que não completamente imprevisível ou especialmente original. Tem até um twist no final mas que é telegrafado desde o começo do filme. É apenas bem acabado e, atrevo a dizer, muito bem feito e com uma boa quantidade de sustos e situações bem nojentas.

O filme é isso, basicamente: diversão para quem gosta do gênero terror misturado com ficção científica (mais para o lado do terror sanguinolento, claro) e não quer ter discussões filosóficas sobre o porquê da vida ao desligar o DVD.

Mais sobre o filme: IMDB, Rotten Tomatoes, Box Office Mojo e Filmow.

Nota: 6,5 de 10

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