quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Crítica de quadrinhos: Cinderella: From Fabletown with Love

Todos nós conhecemos Cinderella como aquela personagem meiga que perde o sapatinho de cristal na escadaria do castelo de seu príncipe e volta a se transformar em uma pobre plebéia explorada por sua madastra e meias-irmãs más.

Mas não em Fabletown.

Em Fabletown, Cinderella é o equivalente a James Bond: uma loira fatal e, principalmente, mortal, que coloca suas habilidades secretamente a serviço dos Fábulas, especialmente de Bigby, o Lobo Mau, responsável por seu treinamento.


Bill Willingham viu o potencial do personagem que moldou para sua obra máxima Fables (comentada aqui, aqui e aqui) e tratou de encomendar um spin-off em forma de série limitada a Chris Roberson (escritor) e Shawn McManus (desenhista). É a primeira vez que Willingham largou um personagem seu do fableverse completamente nas mãos de terceiros.

E fez muito bem. O texto de Roberson é bem feito, claramente inspirado ao mesmo tempo na mitologia de Fables e de James Bond (o título da estória deixa isso às escâncaras). Conta uma estória que engaja e surpreende. Por sua vez, o traço de McManus é econômico mas belo e eficiente para trazer à vida a personagem. Assim, From Fabletown with Love toma a forma de uma ótima experiência em quadrinhos.

Apesar de ser uma estória fora da cronologia geral de Fables, para quem acompanha Fables só é bom ler Cinderella lá pelo sétimo volume da série principal, para evitar spoilers. Quem não se importa com spoilers, porém, pode pegar Cinderella sem nunca ter lido nada de Fables.

A estória gira em torno de uma investigação que Cinderella faz sobre o contrabando de objetos mágicos da terra dos Fábulas para os humanos. Ela começa viajando para Dubai, onde, muito a contra gosto, une-se a Alladin, um agente secreto dos Fábulas árabes, para desmantelar a rede de bandidos. A tensão entre os dois é bacana e bem construída. A revelação do vilão, ao final, certamente deixará um sorriso em todos os leitores.

Que venha a próxima série limitada de Cinderella, que se chamará Fables Are Forever.

Nota: 8,5 de 10

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