sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Crítica de filme: We Bought a Zoo (Compramos um Zoológico)

Compramos um Zoológico é um filme que, a não ser que você tenha um coração de pedra, te emocionará. É um daqueles filmes que, no fim, exigirão adjetivos terminados em "inho", como bonitinho, fofinho e amorzinho. Mas isso não deve, necessariamente, afastar aqueles que têm aversão a esse tipo de filme já que o filme tem muitos aspectos positivos que recompensarão o espectador de uma maneira ou de outra.

E a principal razão é que o filme é realmente bacana. Um típico filme para nos fazer sentir bem, com uma daquelas lições de vida que já vimos incontáveis vezes mas que nunca nos cansamos de ver novamente. Segundo, é um filme de Cameron Crowe, o ótimo diretor de Jerry Maguire - A Grande Virada e Quase Famosos. Em terceiro, os atores são muito bons. Matt Damon está relaxado no papel principal de Benjamin Mee e Scarlett Johansson, no papel de Kelly Foster, está bela mas sem ser a fêmea fatal que costuma fazer. Temos, ainda, o sempre agradável Thomans Haden Church, como Duncan Mee, irmão de Benjamin e o divertido John Michael Higgins como Walter Ferris. Isso, claro, sem falar na pequena e adorável Maggie Elizabeth Jones no papel de Rosie Mee, filha de Benjamin e o eficiente Colin Ford no papel do filho adolescente de Benjamin, Dylan. E, finalmente, a quarta razão para ver esse filme é que sua bizarra estória é verdadeira, pelo menos uma parte dela (mais sobre as discrepâncias entre os fatos e o filme mais para a frente).

A família Mee sofru uma grande perda. Katherine (Stephanie Szostak), a amada esposa de Benjamin e mãe de Dylan e Rosie faleceu há seis meses. O pai ainda não conseguiu aceitar a perda e Dylan tornou-se depressivo e rebelde na escola, ao ponto dele ser expulso. Tentando mudar de vida e num daqueles impulsos inexplicáveis, Benjamin compra uma casa no interior da Califórnia que, simplesmente, vem com um zoológico de brinde. Rosie adora de imediato mas Dylan odeia pois terá que abandonar seus amigos. Junto com o zoológico, a família Mee tem que adotar os funcionários remanescentes, uma fiel gangue que ama o que faz, capitaneada por Kelly Foster.

E começa então a odisséia de Benjamin para conciliar família, finanças, dezenas de animais das mais variadas espécies, novos empregados e, claro, a perda de sua esposa. O roteiro, co-escrito por Cameron Crowe, com base no livro homônimo escrito por Benjamin Mee, é açúcar puro e em quantidade suficiente para causar diabetes. Crowe certamente exagerou ao criar uma estrutura que parece Lego: todas as peças se encaixam perfeitamente. Benjamin tem Kelly como seu interesse romântico assim como Dylan tem Lily (Elle Fanning) como seu próprio interesse romântico. Além disso, o relutante irmão de Benjamin, Duncan, acaba ajudando e todos os funcionários são umas ovelhinhas. Até o antagonista (se é que posso chamá-lo assim), o severo inspetor Walter Ferris, revela-se como apenas um pequeno - e até divertido - inconveniente. E, claro, não falta o drama animal, encabeçado pelo idoso tigre Spar, que mal consegue se alimentar.

O exagero no "chororô" nesse filme, porém, não é desagradável pois as atuações e a estória em si são muito boas e prendem a atenção. Além disso, a direção segura de Crowe, com belas imagens, é capaz de alegrar qualquer coração e tirar um sorriso - e até uma lágrima furtiva - do rosto de qualquer um. Mas bem que ele poderia ter cortado uns bons 24 minutos dos 124 desse filme.

Vou fechar falando sobre as três grandes modificações do filme em relação à estória verdadeira. Primeiro, a família Mee é inglesa e o zoológico comprado foi o de Dartmoor, na Inglaterra. Assim, muito claramente, o filme teve que sofrer grandes alterações para se passar em solo americano. Em segundo, a compra do zoológico foi um processo de dois anos, não de dois minutos como no filme, já que as autoridades inglesas, muito sabiamente, não queriam deixar Benjamin Mee, um completo inexperiente em zoológicos, comprar a propriedade. Em terceiro e essa modificação é realmente enorme, a morte de Katherine, esposa de Benjamin e verdadeiro catalisador da loucura que é comprar um zoológico, somente faleceu na vida real depois que o zoológico foi comprado. É um daqueles raros momentos em que a ficção parece fazer mais sentido do que a realidade.

Mais sobre o filme: IMDB, Rotten Tomatoes, Box Office Mojo e Filmow.

Nota: 7 de 10

Um comentário:

  1. AMEI ESSE FILME E SO ACHO QUE VOCÊ ESTA FAZENDO CRITICA POR DOR DE CUTUVELO TA SEU DISINFORMADO SEM TALENTO NENHUM ,APOSTO QUE VOCE PERDEU A NAMORADA PELO LINDO DLAN

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Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."